Maria Quitéria - Heroína de Guerra
19-05-2021 10:03
Maria Quitéria (1792-1853) foi uma heroína da guerra da independência na Bahia. Vestida de soldado alistou-se no batalhão de “Voluntários do Príncipe Dom Pedro” e participou das lutas ao lado dos patriotas. Foi condecorada com a Ordem Imperial do Cruzeiro.
Maria Quitéria de Jesus nasceu na fazenda Serra da Agulha, na freguesia São José (hoje Feira de Santana), na Bahia, no dia 27 de julho de 1792. Era filha do fazendeiro português Gonçalo Alves Almeida e de Joana Maria de Jesus.
Com 10 anos ficou órfã de mãe, assumiu a casa e cuidou de seus dois irmãos. Seu pai casou-se pela segunda vez, mas logo ficou viúvo. Casou-se novamente e teve mais três filhos. Sua nova esposa não apoiava o comportamento independente de Maria Quitéria.
Alistamento
Na Bahia, a luta pela emancipação do Brasil mudou a vida de muitas mulheres. Entre as que resolveram encarar o front, a mais notável foi Maria Quitéria.
Em setembro de 1822, após a independência, em algumas partes do país, havia contingentes de tropas e civis que continuavam fiéis às ordens de Lisboa. Era preciso, portanto vencê-los para evitar a divisão do Brasil e consolidar a independência.
Como o Brasil não contava com um exército estruturado e treinado para enfrentar os portugueses, o governo além de contratar mercenários, recrutou emissários patriotas para lutar pela pátria.
O Conselho Interino do Governo da Bahia era defensor do movimento e procurava voluntários para suas tropas.
Ao ouvir seu pai se negar a doar alguns escravos, Maria Quitéria confessou à irmã que desejava ser homem para se juntar aos combatentes, pois dominava a montaria, caçava e manejava armas de fogo.
A irmã emprestou-lhe roupas do marido e, disfarçada, Maria Quitéria foi para Cachoeira e alistou-se com o nome de Medeiros, no batalhão dos "Voluntários do Príncipe Dom Pedro".
O Soldado
Em fins de 1822, Maria Quitéria já figurava entre os soldados do batalhão de artilharia, e que depois foi incorporado à “Primeira Divisão de Direita”.
É esse mesmo batalhão que recebe mais tarde o nome de “Periquitos” - por serem de cor verde as suas fardas. No dia 31 de março de 1823, Maria Quitéria, já então primeiro cadete, recebe uma espada e seus acessórios.
Depois de duas semanas, Quitéria foi descoberta pelo pai, mas o major José Antônio da Silva Castro não permitiu que ela fosse desligada, pois ela era reconhecida pela disciplina militar e pela facilidade de manejar as armas.
Maria Quitéria seguiu com o Batalhão para vários combates. Participou da defesa da Ilha da Maré, da Barra do Paraguaçu e da Pituba e de Itapuã e , tornou-se exemplo de bravura nos campos de batalha.
No dia 2 de julho de 1823, quando o “Exército Pacificador” entrou na cidade de Salvador, Maria Quitéria marchava com o seu batalhão, sendo saudada e homenageada pela população.
Condecoração
Terminada a campanha, Maria Quitéria foi para o Rio de Janeiro. No dia 20 de agosto de 1823, no Palácio de São Cristóvão, o imperador preparava-se para receber a heroína baiana.
Sua presença na corte causou grande agitação: o seu curioso uniforme militar, calça, saiote de lã, fardeta, quepe e espada, e o distintivo dos Voluntários, e a fama que logo se espalhou de sua coragem e de seus feitos, tudo atraia a atenção dos habitantes da Capital do Império.
Foi condecorada com a “Ordem Imperial do Cruzeiro do Sul”, em uma audiência especial onde recebeu a medalha das mãos do próprio Imperador Dom Pedro I. Foi promovida a Alferes de Linha.
Últimos Anos
Reformada com o soldo de alferes, Maria Quitéria voltou para a Bahia com uma carta do Imperador, dirigida a seu pai, pedindo que ela fosse perdoada pela desobediência.
Ao ver a condecoração e a carta do Imperador, seu pai não resiste e abraça a filha.
Para desagrado do pai, Quitéria casou-se com um antigo namorado, o pobre lavrador Gabriel Pereira de Brito, com quem teve uma filha, Luísa Maria da Conceição.
Em 1834 seu pai faleceu e Maria Quitéria tentou receber parte da herança deixada por ele Com a morosidade da justiça, Quitéria desistiu do inventário e mudou-se para Salvador.
Maria Quitéria faleceu em Salvador, Bahia, no dia 21 de agosto de 1853. Morreu quase cega e em total anonimato. Seus restos mortais estão sepultados na Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento no bairro de Nazaré em Salvador.Biografia de Maria Quitéria
Maria Quitéria (1792-1853) foi uma heroína da guerra da independência na Bahia. Vestida de soldado alistou-se no batalhão de “Voluntários do Príncipe Dom Pedro” e participou das lutas ao lado dos patriotas. Foi condecorada com a Ordem Imperial do Cruzeiro.
Maria Quitéria de Jesus nasceu na fazenda Serra da Agulha, na freguesia São José (hoje Feira de Santana), na Bahia, no dia 27 de julho de 1792. Era filha do fazendeiro português Gonçalo Alves Almeida e de Joana Maria de Jesus.
Com 10 anos ficou órfã de mãe, assumiu a casa e cuidou de seus dois irmãos. Seu pai casou-se pela segunda vez, mas logo ficou viúvo. Casou-se novamente e teve mais três filhos. Sua nova esposa não apoiava o comportamento independente de Maria Quitéria.
Alistamento
Na Bahia, a luta pela emancipação do Brasil mudou a vida de muitas mulheres. Entre as que resolveram encarar o front, a mais notável foi Maria Quitéria.
Em setembro de 1822, após a independência, em algumas partes do país, havia contingentes de tropas e civis que continuavam fiéis às ordens de Lisboa. Era preciso, portanto vencê-los para evitar a divisão do Brasil e consolidar a independência.
Como o Brasil não contava com um exército estruturado e treinado para enfrentar os portugueses, o governo além de contratar mercenários, recrutou emissários patriotas para lutar pela pátria.
O Conselho Interino do Governo da Bahia era defensor do movimento e procurava voluntários para suas tropas.
Ao ouvir seu pai se negar a doar alguns escravos, Maria Quitéria confessou à irmã que desejava ser homem para se juntar aos combatentes, pois dominava a montaria, caçava e manejava armas de fogo.
A irmã emprestou-lhe roupas do marido e, disfarçada, Maria Quitéria foi para Cachoeira e alistou-se com o nome de Medeiros, no batalhão dos "Voluntários do Príncipe Dom Pedro".
O Soldado
Em fins de 1822, Maria Quitéria já figurava entre os soldados do batalhão de artilharia, e que depois foi incorporado à “Primeira Divisão de Direita”.
É esse mesmo batalhão que recebe mais tarde o nome de “Periquitos” - por serem de cor verde as suas fardas. No dia 31 de março de 1823, Maria Quitéria, já então primeiro cadete, recebe uma espada e seus acessórios.
Depois de duas semanas, Quitéria foi descoberta pelo pai, mas o major José Antônio da Silva Castro não permitiu que ela fosse desligada, pois ela era reconhecida pela disciplina militar e pela facilidade de manejar as armas.
Maria Quitéria seguiu com o Batalhão para vários combates. Participou da defesa da Ilha da Maré, da Barra do Paraguaçu e da Pituba e de Itapuã e , tornou-se exemplo de bravura nos campos de batalha.
No dia 2 de julho de 1823, quando o “Exército Pacificador” entrou na cidade de Salvador, Maria Quitéria marchava com o seu batalhão, sendo saudada e homenageada pela população.
Condecoração
Terminada a campanha, Maria Quitéria foi para o Rio de Janeiro. No dia 20 de agosto de 1823, no Palácio de São Cristóvão, o imperador preparava-se para receber a heroína baiana.
Sua presença na corte causou grande agitação: o seu curioso uniforme militar, calça, saiote de lã, fardeta, quepe e espada, e o distintivo dos Voluntários, e a fama que logo se espalhou de sua coragem e de seus feitos, tudo atraia a atenção dos habitantes da Capital do Império.
maria quitéria
Foi condecorada com a “Ordem Imperial do Cruzeiro do Sul”, em uma audiência especial onde recebeu a medalha das mãos do próprio Imperador Dom Pedro I. Foi promovida a Alferes de Linha.
Últimos Anos
Reformada com o soldo de alferes, Maria Quitéria voltou para a Bahia com uma carta do Imperador, dirigida a seu pai, pedindo que ela fosse perdoada pela desobediência.
Ao ver a condecoração e a carta do Imperador, seu pai não resiste e abraça a filha.
Para desagrado do pai, Quitéria casou-se com um antigo namorado, o pobre lavrador Gabriel Pereira de Brito, com quem teve uma filha, Luísa Maria da Conceição.
Em 1834 seu pai faleceu e Maria Quitéria tentou receber parte da herança deixada por ele Com a morosidade da justiça, Quitéria desistiu do inventário e mudou-se para Salvador.
Maria Quitéria faleceu em Salvador, Bahia, no dia 21 de agosto de 1853. Morreu quase cega e em total anonimato. Seus restos mortais estão sepultados na Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento no bairro de Nazaré em Salvador.